segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Maiakovski


Na primeira noite
eles se aproximam e
colhem uma flor de nosso jardim
E não dizemos nada

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão
E não dizemos nada

Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo
arranca-nos a voz da garganta
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada

Posted by Picasa
Maiakovski, poeta russo "suicidado" após a revolução de Lenin.
Não me calo e não deixarei arrancar minha voz. Meia palavra basta, para que me entendam.

2 comentários:

Anônimo disse...

querida, anoninamente te entendo e sei muito bem do que estás falando. Tens meu apoio.

crismob disse...

alguém te faz mal? je reze por voce