Na primeira noite
eles se aproximam e
colhem uma flor de nosso jardim
E não dizemos nada
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão
E não dizemos nada
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo
arranca-nos a voz da garganta
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada
Maiakovski, poeta russo "suicidado" após a revolução de Lenin.
Não me calo e não deixarei arrancar minha voz. Meia palavra basta, para que me entendam.
2 comentários:
querida, anoninamente te entendo e sei muito bem do que estás falando. Tens meu apoio.
alguém te faz mal? je reze por voce
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