sábado, 12 de dezembro de 2009

Curioso II

Fazer-se centro e desaparecer. Nem a flor existe fora de um mundo em formação, nem o seu brilho atinge quem é pedra na corrente. Mudar de rumo, amar o que não existe – breve e repetidamente. Sempre só isso. Na flor do cardo, na interrogação de um gato, na busca da justiça. Quando o chão foge debaixo dos pés, há uma música que nos suporta.


Silvina Rodrigues Lopes, Sobretudo as Vozes


(photo = by Marina)

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